terça-feira, 1 de agosto de 2017

É importante dar tarefas aos filhos

É importante dar tarefas aos filhos

O Desafio

Alguns pais esperam que seus filhos façam tarefas domésticas, e os filhos fazem isso sem reclamar. Outros não exigem que os filhos ajudem em casa, e os filhos não fazem questão de ajudar.

os pesquisadores percebem que a tendência de não dar tarefas aos filhos é mais comum no mundo ocidental. Nesses países, as crianças em geral estão acostumadas a receber muito dos pais e a dar pouco de si. Um pai chamado Steven  diz: "Hoje em dia, os pais exigem pouco das crianças. Muitos deixam seus filhos à toa, jogando videogames, vendo TV ou na internet."

O que você acha? será que as tarefas domésticas servem só para manter a casa organizada? Ou também ajudam no desenvolvimento de seus filhos?

O que você precisa saber

Alguns pais preferem não dar tarefas domésticas aos filhos.
Eles talvez achem que os filhos já estão cheios de deveres escolares ou atividades depois das aulas. Mas por que é bom dar tarefas aos filhos?

As tarefas domésticas ajudam aos filhos a ser mais responsáveis. 

Crianças que ajudam em casa costumam se sair melhor na escola. E dá para entender por quê. Fazer tarefas domésticas ajuda a criança a ser mais confiante e disciplinada, e a não desistir facilmente. E essas qualidades são essenciais para o aprendizado escolar.

As tarefas domésticas ensinam os filhos a servir outros

Geralmente, crianças que ajudam em casa são mais dispostas a fazer serviço voluntário quando ficam adultas. Por quê? Porque elas aprendem a pensar mais nos outros do que nelas mesmas. Steven, já citado, diz: "Quando os pais não dão tarefas para os filhos, eles acabam achando que têm que ser sempre servidos. Assim, crescem sem entender como é a vida real e como é importante ser responsável e trabalhador."

As tarefas domésticas deixam a família mais unida.

Filhos que ajudam em casa aprendem que são importantes para a família e que têm responsabilidades. Essa é uma lição que eles não aprendem quando os pais só os incentivam a fazer outras atividades, como esportes e cursos. Pense: 'O que adianta meus filhos se sentirem parte importante do time de futebol, mas não se sentirem parte importante da família?'

O que você pode fazer

Comece cedo.

Alguns dizem que, a partir dos 3 anos, os filhos já podem receber tarefas em casa. Outros dizem que pode ser com 2 anos ou até menos. Lembre-se: os filhos pequenos amam imitar os pais e trabalhar com eles. _Princípio bíblico: Provérbios 22:6.

Dê tarefas de acordo com a idade

Por exemplo, uma criança de 3 anos talvez possa guardar os brinquedos, limpar uma coisa que ela sujou ou ajudar a separar roupas para lavar. À medida que cresce, ela pode ajudar a varrer o chão, a lavar o carro e até a preparar a comida. Dê tarefas de acordo com a capacidade do seu filho. Talvez você fique surpreso de ver como ele vai gostar de ajudar.

Dê prioridade às tarefas em casa

Não é fácil fazer isso quando os filhos têm uma montanha de deveres escolares. Mas o livro "O Preço do Privilégio" diz que colocar os deveres escolares à frente das tarefas domésticas é "inventar as prioridades". Como mencionado, as tarefas domésticas ajudam seu filho no aprendizado escolar. Sem falar que ele vai aprender lições importantes que o ajudarão quando ele tiver sua própria família. _ Princípio bíblico: Filipenses 1:10.

Concentre-se no que você quer que seu filho aprenda

Pode ser que seu filho demore muito para terminar uma tarefa. E ele talvez não faça tão bem quanto você gostaria. Quando isso acontecer, não faça a tarefa você mesmo. Seu objetivo não é que seu filho faça a tarefa tão bem quanto um adulto, mas ensiná-lo a ser responsável e a gostar de trabalhar. _Princípio bíblico: Eclesiastes 3:22.

Ensine seu filho a gostar de ajudar a família. 

Alguns dizem que é bom dar dinheiro às crianças quando elas fazem uma tarefa, para que elas criem responsabilidade. Outros dizem que isso é ruim, porque faz as crianças pensar apenas no que elas podem ganhar, e não em como elas podem contribuir para a família. E ainda existe o risco de a criança não querer ajudar quando ela já tiver dinheiro suficiente, e o objetivo das tarefas ficaria perdido. Então, qual é a lição? É melhor não misturar mesada com tarefas domésticas.  

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*Livro O Preço do Privilégio - Título original The price of Privilege.
* Artigo retirado da revista Despertai nº 3,2017. 

sábado, 2 de abril de 2016

A Presença Perdida de Deus

A Presença Perdida de Deus - Por Martyn Lloyd Jones
Homens e mulheres, quando são verdadeiramente despertados começam a compreender que não há nada que é tão sério quanto estar sem a presença de DEUS. Você captou isso em sua força total? 
Deus estava enviando o povo que acabará de ser retirado do Egito, rumo a terra prometida. Deus estava dizendo: 

"Subam! Eu prometi a vocês a terra de Canaã, e eu a darei a vocês! Vocês devem ir para a terra que mana leite e mel. Eu enviarei meu anjo diante de vocês para destruir seus inimigos: Os Amonitas, Hititas, Perizeus, Canaanitas, Heveus e Jebuseus. Vão em frente. Subam a terra prometida. Eu os libertei do cativeiro do Egito, Eu os estou enviando adiante. Vão em frente! Lidere-os Moisés! Eu enviarei um anjo com você". Mas o povo disse "Não! Se o Senhor não vier conosco, nós não queremos ir". 

Preste atenção, essa é a essência do discernimento espiritual, e isso é, meus queridos amigos, o que você e eu temos que entender. Você pode perceber que quando as pessoas são verdadeiramente despertadas, elas chegam à essa tremenda e profunda compreensão: que se lhe for concedida qualquer outra benção, não tem valor algum, se DEUS não tiver com elas. Qual o valor de Canaã? Qual o valor de leite e mel? Qual o valor de ter possessões, se o Senhor não esta conosco? Eles viram que a realização da presença de DEUS [de tê-la], tendo Sua comunhão e companhia era infinitamente mais importante que qualquer outra coisa. 
Será que preciso aplicar isso a igreja de hoje? 

Você pode ter sucesso sobre seus inimigos, sabe, sem essa grande compreensão da presença de DEUS no centro de tudo. Há anjos que podem fazer coisas por nós, destruir certos inimigos, levar-nos a terra. Nós estaríamos em Canaã, nós possuiríamos o "leite e mel", e tudo pareceria estar tranquilo. Há um verso apavorante em Salmos 106.15, onde nós somos notificados sobre os filhos de Israel, de que DEUS: "Concedeu os seus pedidos, mas enviou magreza em suas almas". Você pode ter muito da "prosperidade e grande raio de atuação" . A igreja pode parecer estar indo admiravelmente bem, finanças positivas, boas 'figuras' [pessoas influentes], sucessos, "conversões", inimigos derrotados. Tudo indo bem. Tudo parecendo estar maravilhosamente bem! Mas a questão apavorante que faço é esta: "Deus esta no centro?" "Ele realmente esta entre nós?" "Estamos nós apercebidos, como deveríamos estar, da Sua gloriosa presença?" Era isso que estava em jogo com esse povo [povo de Israel]. 

E o que eles disseram efetivamente? "Canaã não tem nenhum uso par nós. Leite e mel não tem nenhum valor. Nós não estamos interessados nesses inimigos; nós queremos Você!" 
Óh, diz o salmista (Sl 42.1), é por Ti que clamo, "como a corça brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó DEUS". Ele não estava atrás de bençãos, ele estava atrás de DEUS! O DEUS VIVO! Assim diz Paulo: "Eu fui um evangelista de sucesso! Eu fiz tanto, mas eu não estou satisfeito, para que eu O conheça, e o poder de Sua ressurreição e a comunhão de Seus sofrimentos" (Fp 3.10). 

"Não, não, eles disseram! Não podemos avançar sem Você!" A presença de DEUS é essencial. E eles chegaram àquela compreensão. E isso eu digo: A compreensão que eles chegaram foi, que nenhuma prosperidade ou nenhum tipo de sucesso, pode compensar pela ausência de DEUS! "De que adiantaria ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder sua própria alma?" (Mc 8.39). 

Povo cristão, eu não estou perguntando se você esta vivendo uma boa vida, não estou lhes perguntando se estão felizes, não estou lhes perguntando se estão lendo suas Bíblias, ou se estão orando, não estou perguntando se sua atividade na igreja funciona, ou qualquer outra forma de atividade cristã; o que estou lhes perguntando é: "Você conhece DEUS?" "Ele esta com você?" "Ele esta em sua vida?" "Ele esta no comando?" Ou você esta viajando como se DEUS fosse alguém mantido "à distancia", dando-lhe força ou poder por seu anjo e por sua liderança e tudo mais? Mas a questão é: "E com relação a você? Como é seu relacionamento e procedimento pessoal com Ele?" 

FONTE: Trilhando o caminho estreito

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

AS RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE

AS RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE

"Ao ler muito rápido não há concentração para interpretar o que se lê. 
Ao ler muito devagar presta-se mais atenção no significado de cada
palavra e não no conjunto como um todo".


O gênio Blaise Pascal, filósofo francês (1623-1662), coloca que a razão pode, sem dúvida, tomar conhecimento da dualidade que dilacera a vida humana até em suas manifestações mais íntimas, mas não pode fazer nada  para superá-la. Somente a fé cristã pode explicar ao homem a origem da ruptura e dar-lhe a graça de saná-la. 

A razão, conceituada em seu sentido geral, como a faculdade de conhecimento intelectual próprio do ser humano que se contrapõe ao entendimento da emoção, nos leva a célebre frase de Pascal "O coração tem razões que a própria razão desconhece". Nesse sentido razões são as emoções do coração e razão é a consciência intelectual e moral da percepção das coisas. A dualidade existente na vida humana, miséria e grandeza, provoca uma tensão muito grande  que o homem por si só não consegue equilibrar. Necessita de algo exterior para se obter o equilíbrio. Nessa complexidade da condição humana entre o bem (grandeza) e o mal (miséria), a fé no seu criador torna-se um pilar de sustentação e equilíbrio para o existir do homem. Sendo a fé, conceituada como o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem, logo partimos do princípio de que a fé passa pelas razões do coração.


(...) As grandezas e as misérias do homem são tão visíveis que é preciso que a verdadeira religião nos ensine, por um lado, que há algum grande princípio de grandeza no homem e, por outro, que há um grande princípio de  miséria (...)


Essa insuficiência humana no remete a refletir as questões do nosso cotidiano. 

Que linguagem estamos interpretando diante das coisas e fatos que nos cercam?

Que tipo de leitura estamos fazendo diante das situações adversas em que estamos inseridos?

O homem, na sua condição miserável que é fundamentalmente nuclear e conectada ao amor de si próprio, que acarreta as demais misérias presentes na humanidade tem agido de forma insana, onde presenciamos uma sociedade em que a justiça muitas vezes não se consegue fazer justiça. A violência tem se destacado a cada dia tornando quase que comum na vida diária. Vivenciamos uma sociedade com valores e senso de justiça questionáveis. Diante de uma realidade tão complexa como a que vivenciamos hoje, nossa esperança está na grandeza humana refletida pelo resto de luz do nosso Criador, Deus, que nos confere o poder da verdadeira reflexão.

Refletindo sobre esta questão, no livro Ousar Ser de Isabel Abecassis Empis, em seu prefácio, aborda que: "Uma boa certeza quando se vivem tempos incertos é saber que podemos procurar e encontrar novas respostas para os novos desafios dentro de nós"."Numa altura em que as ciências exatas são postas em causa pelas sucessivas catástrofes que assolam o mundo, e em que os mercados econômicos mundiais demonstram uma enorme instabilidade, é muito consolador podermos virar-nos para dentro e interrogarmo-nos sobre o sentido da vida. Sobre aquilo que nos faz crescer, fortalecer e ser verdadeiramente felizes". Nesse sentido o coração tem razões que a razão pode conhecer pois considerando o querer ter bem estar, esse divórcio entre a razão e a emoção que está na base de comportamentos compulsivos deve ser trabalhados. Onde se deve buscar a articulação crescente entre a razão e a emoção como resposta e caminho a trilhar para domarmos as nossas compulsões.

Sim. Voltamos ao nosso Criador. Que nos dá condições de fato de podermos desenvolver o poder que temos dentro de nós sobre as nossas reações às nossas emoções. Focando no que realmente nos interessa, a felicidade , saúde e bem estar que implica de fato, sermos capazes  de adaptar á realidade acima de nossos desejos imediatos e dos comportamentos emotivos reativos.

Diante de toda esta complexidade humana de fato há razões que a própria razão desconhece. Porém, se faz necessário que sejamos capazes de ser bons leitores das condições humanas da vida e centrar no querer do bem estar de si próprio e do próximo. Buscando agir com o coração, mas com a orientação e o conhecimento da mente desenvolvendo assim cada vez mais a inteligência emocional. Equilibrando a razão e a emoção de forma a proporcionar um crescer em saúde física, familiar, social, profissional dentre outros. Não valorizando assim, as razões fugidias, subterrâneas, obscuras, submersas nos porões de algumas mentes doentias, insistindo em vicejar, como opróbrio do ser humano, que constitui as mazelas de alguns e pode ser a vergonha de outros, os retos de espírito.

Sendo assim, nesta visão, quando começamos a refletir e colocar em prática comportamentos que nos direciona a romper com certos paradigmas, somos capazes de descobrir novas formas de funcionar, de nos pouparmos, de nos conhecermos e de entendermos o outro. Valorizando assim, as virtudes humanas, a força do amor, sua capacidade de realização, a solidariedade, a empatia para com o próximo, a liderança em fazer o bem, etc. 

Que em nosso criador cada um de nós possamos encontrar respostas significativas para a nossa existência...



Autora: Fátima Soares Ribeiro
Texto elaborado com base  em outros artigos pesquisados na internet.







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